Dentro do trem da estrada de ferro Vitória-Minas, olhares voltados à paisagem e no cenário um personagem se destacava entre os demais. Inevitável não notar sua sobreposição. Ele compunha toda a
viagem. Não era uma montanha, uma casinha, uma árvore, uma ponte, uma flor. Todos esses ficavam para trás ao longo do trajeto. Porém, o grande protagonista não se esvaía com o passar das paisagens. Ele era o próprio percurso. O mestre da trilha. O corpo d’água que envolve e desenvolve dezenas de cidades, bem como um par de estados. A extensão de sentidos e sentimentos. O curso de fauna, flora e gente. O volume de experiências humanas e naturais. O elemento vital. O rio Doce.