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Aurora Miranda Leão
A 23ª edição da Festa Literária de Paraty, um dos mais importantes eventos literários do Brasil e da América do Sul, acontece começa hoje, semana final de julho, abrindo agosto com um festivo painel artístico e cultural a se desenvolver no badalado balneário fluminense. O homenageado é o saudoso escritor, jornalista e poeta curitibano Paulo Leminski, conhecido por sua obra diversificada e irreverente.
Com uma programação recheada de atividades, na qual haverá mesas-redondas, escritores convidados, painéis, debates, oficinas, lançamentos de livros, exibições audiovisuais, tardes de autógrafos e atividades para crianças, a FLIP movimenta a economia e transforma Paraty num grande cenário para a troca de ideias e experiências através da Literatura.
Consolidada como uma das mais relevantes manifestações culturais do país, tendo inspirado mais de 300 feiras e festas literárias, a FLIP tornou Paraty um Patrimônio tombado pela UNESCO. Esse reconhecimento é medido não só pelo imenso público que acorre a Paraty para conferir a programação e curtir as belezas da cidade, mas também pelos muitos prêmios e distinções recebidos — reflexos de um trabalho comprometido com a literatura, a diversidade e o território.
Em 2021, a Festa Literária foi reconhecida como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro, e, ano seguinte, como Patrimônio Cultural e Imaterial da Cidade de Paraty, reafirmando os laços profundos entre a Festa e a cidade que a abriga. Em 2023, foi a vez do Prêmio Faz Diferença, concedido pelo jornal O Globo, na categoria Livros, celebrando a contribuição para o cenário literário brasileiro e para a construção de uma programação plural, sensível e transformadora.
Entre os convidados deste ano, o músico e poeta Arnaldo Antunes, o escritor português Valter Hugo Mãe, a escritora espanhola Rosa Montero, o ator e humorista Gregório Duvivier, a escritora Giovana Madalosso, que acaba de lançar o romance “Batida Só” (Todavia, 2025), o sambista e escritor Nei Lopes, a ministra Marina Silva, e a acadêmica Ana Maria Gonçalves (primeira negra a entrar na ABL). É como diz a plataforma com a programação da FLIP,
“Em um território onde diversas temporalidades e públicos coexistem, a festa propõe, por meio dos livros e das artes, um olhar que transcende o íntimo e encontra o social, que vive o urbano para não esquecer da floresta, que desfaz as barreiras entre o dentro e o fora, que descortina novas possibilidades de ocupar os espaços”.
A Univale Editora deseja pleno êxito à organização da FLIP e congratula-se com todas as autoras, escritores, editoras, palestrantes e convidados que integram a vigorosa programação da Festa Literária de Paraty.
